Assistimos desde o final do século XX a uma crise civilizatória sistêmica que atravessa todos os espectros da vida, em níveis micro e macrossociais, refletidos cada vez mais intensamente na subjetividade dos indivíduos, nos sistemas político-econômicos e no meio ambiente.
Nas últimas décadas, experimentamos mudanças tecnológicas, políticas e econômicas vertiginosas que inauguraram um novo paradigma em termos socioculturais, produzindo em larga escala transformações radicais nas relações dos sujeitos consigo mesmos e com seu entorno.

Tal cenário nos desperta para a necessidade de entendermos as complexidades do mundo contemporâneo nas variadas nuances que o compõem, já que os problemas enfrentados pela sociedade refletem desequilíbrios presentes na psique coletiva e individual, em termos conscientes e inconscientes, uma vez que o um e o todo se encontram irremediavelmente entrelaçados, conforme alertou C.G. Jung.

Os tempos que vivemos são caracterizados por uma série de desafios significativos que afetam todos os aspectos de nossas vidas. É por isso que escolhemos explorar o tema:
“Crises da Civilização: Perspectivas Junguianas para nossos tempos.”

Neste encontro, vamos abordar questões imperativas da atualidade, como diversidade de gênero, racismo, misoginia, tecnologia, inteligência artificial, fragilidades amorosas, sexualidade, patriarcado, feminismo e muito mais.
Cada um desses temas nos ajuda a compreender as complexidades do espírito do nosso tempo, a fim de nos preparar para o que temos pela frente.

Nossa intenção é proporcionar uma oportunidade para a reflexão, apresentarmos perspectivas junguianas e pós junguianas a respeito de como essas crises refletem desequilíbrios na psique coletiva, mas também possibilidades criativas, que possam inaugurar aberturas pessoais e comunitárias para a criação de novos rumos em meio à torrente de informações e desafios de um mundo hiper conectado e hiper produtivo, porém profundamente desalmado e empobrecido em termos sociais e psicológicos.